sábado, 17 de dezembro de 2016
Links do mês
Olar, queridxs leitorxs,
Hoje eu separei links muito interessantes que eu acessei durante esse mês.
Os assuntos abordados são variados e vão do história do café à mulheres inspiradoras que nós provavelmente não tinhamos ouvido falar.
1 - Cada vez mais esquecido? Isso tem nome: 'demência do preocupado'
Esse texto fala do novo transtorno moderno causado principalmente pela nossa urgência em realizar múltiplas tarefas. Entre os efeitos estão o esquecimento.
Acabei de descobri o que eu tenho!
Acesse aqui.
2 - Os 10 melhores poemas de Fernando Pessoa
Os leitores e colaboradores da revista bula elegeram os melhores poemas de Fernando Pessoa. Você pode até não concordar com esse top 10, mas sempre vale a pena (re) ler esse autor maravilhoso!
Acesse aqui
3 - 17 mulheres incríveis de quem provavelmente você não ouviu falar em 2016
O buzz feed reuniu nesse post 17 mulheres inspiradoras que nós precisávamos conhecer já!
Acesse aqui
4 - 'Meu trabalho salva vidas': a assistente social que há 30 anos ajuda mulheres no processo do aborto legal
A legalização do aborto é uma tema bem polêmico, e eu acredito que antes de mos posicionarmos sobre um tema precisamos pesquisar muito sobre ele e entendê-lo. Nesse post é possível ver o assunto pela perspectiva de Irotilde Gonçalves, que trabalha com aborto legal desde 1989.
Acesse aqui
5 - '50 mil estão esperando a morte chegar, prestes a ser vítimas de um massacre em Aleppo'
Esse texto fala da situação grave de Aleppo. É muito importante que nós saibamos a realidade do mundo em que vivemos, e tenhamos compaixão com as vítimas de Aleppo. Pois, por mais longe que isso pareça estar, essa é uma situação causada por seres humanos, que vitimiza seres humanos.
Será que isso não poderia estar acontecendo conosco? Até onde a maldade do ser humano vai?
Acesse aqui
6 - O berço do café
Eu amo história, não posso ver um post sobre o assunto que já quero acessar ~ alguém me segure ~ e amo café, aí encontrei um texto que sobre a história do café e fiquei como? Com a cara no chão.
A publicação da 'super interessante' mostra o nosso tão amado café desde sua origem na Etiópia.
Acesse aqui
Aproveita o fim de semana e lê tudo!
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Fight like a girl
A expressão "você luta como uma garota" é usada, na maioria das vezes, em sentido pejorativo, por remeter à ideia de que o sexo feminino é o sexo frágil.
A ilustradora Carolina Porfírio criou uma serie de ilustrações totalmente girl power, homenageando mulheres inspiradoras e fortes. E essa força vem da coragem, da personalidade das personagens que não precisam ser salvas por príncipes encantados ou heróis.
Segundo Carolina, nós mulheres somos muito pouco representadas em séries e filmes. Esse projeto, então, mostra personagens mulheres que não são hipersexualizadas e possuem um papel forte na trama.
Projetos como esse fazem toda diferença, pois valorizam a mulher e nos inspiram (e muito!)
Eu separei para vocês as ilustrações das minhas personagens favoritas.
Há muitas outras ilustrações que vocês podem acompanhar pela página oficial da Carolina no facebook.
- Você luta como uma garota!
- Obrigada!
Lutar como uma garota é um elogio.
Qual a sua personagem favorita?Gostou do post? Compartilhe!
Fontes: Garotas geek, geração gamer, Kaol Porfírio
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Dose de literatura do dia: Carlos Drummond de Andrade
A literatura brasileira é repleta de autores maravilhosos que merecem ser lidos e relidos. Um deles é Carlos Drummond de Andrade.
O poema de hoje é "Congresso internacional do medo", um dos meus preferidos, que vai entrar na sua lista de fav`s já (se é que já não está)!
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Top 10: Por que precisamos do feminismo?
10 Motivos pelos quais nós precisamos do feminismo
1 – Os salários entre homens e mulheres são desiguais
Por incrível que pareça, ainda existem cargos nos quais homens recebem salários superiores aos das mulheres, mesmo que elas trabalharem sob a mesma carga horária, e com tanta competência quanto.
The big bang theory é um grande exemplo de desigualdade salarial. Jim Parsons, o Sheldon e Kaley Cuoco, a Penny, ocupam papéis de destaque na série, mas o ator recebe cerca de US$ 25,5 milhões por ano, enquanto a atriz recebe US$ 15 milhões por ano. São US$ 10 milhões de diferença.
2 – A cada 11 minutos uma mulher é violentada no país
Uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos, de acordo com a estatística recolhida pela FBSP. Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja ainda maior “de um estupro a cada minuto”, de acordo com Samira. Ao todo, no Brasil, 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014, última estatística divulgada. No Estado do Rio, foram 5,7 mil casos.
3 – Mulheres são violentadas por querer estudar em cerca de 70 países
“Ataques contra meninas que têm acesso à educação persistem e, de forma alarmante, aparentam em alguns países estar ocorrendo com mais regularidade”, destacou um novo relatório de direitos humanos da ONU que analisa essa questão. O documento mostra que em 70 países meninas, pais e professores defensores da igualdade de gênero na educação sofreram algum tipo de agressão entre 2009 e 2014.
A paquistanesa Malala Yousafzai foi baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola, quando tinhas 15 anos. O ataque aconteceu no dia 9 de outubro de 2012.
O crime de Malala foi lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão, país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação feminina.
4 – Quando uma mulher é estuprada a culpa não é do agressor, é da vítima “que estava usando roupas inapropriadas ou não se comportou direito”
São inúmeros os casos nos quais colocam a culpa do estupro na mulher. Em fevereiro, uma juíza espanhola perguntou a uma vítima de estupro “você tentou fechar as pernas?”.
Nas redes sociais, é muito comum ver comentários, tanto de mulheres quanto de homens, que dizem que a vítima “estava pedindo para ser estuprada”.
É tão absurdo que nós, mulheres, não tenhamos liberdade pra ser quem somos, vestir o que vestimos, por medo de sermos violentadas.
5 – O feminismo existe para lutar contra as opressões sofridas por todas as mulheres
Durante todo esse tempo, a mulher tem sofrido opressões, muitos direitos nossos nos foram negados. O feminismo luta pela igualdade e pelo empoderamento de toda e qualquer mulher, inclusive mulheres transexuais, afinal “ninguém nasce mulher: torna-se mulher” (Simone de Beauvoir)
6 – A participação da mulher na política é muito menor do que a dos homens
Apesar de termos conquistado o direito ao voto, ainda ocupamos muito pouco espaço na política.
No Brasil, as mulheres são apenas 9% na Câmara dos Deputados e 12% no Senado Federal, um dos índices mais baixos do mundo.
Se todos “são iguais perante a lei”, como afirma o artigo 5 da constituição brasileira, por que isso não colocado em prática?
7 – Muitas mulheres sofrem violência doméstica e não querem a prisão do agressor
No Brasil, a violência doméstica atinge cerca de 2 milhões de mulheres por ano. E, apenas 63% delas, denunciam as agressões.
Esses casos acontecem porque alguns homens veem a mulher como sua posse e não como sua companheira. É preciso que as mulheres percebam que elas não precisam passar por isso caladas, que nós mulheres, pertencemos a nós mesmas, apenas, e a mais ninguém.
8 – Muitos anúncios publicitários objetificam, atacam a mulher
São muitos os anúncios publicitários que mostram a mulher como um objeto, ou propagam ideais machistas. Um exemplo recente disso é a propaganda do Ministério da Justiça: “bebeu, perdeu”.
A campanha tinha como objetivo combater o consumo de álcool por parte de crianças e adolescentes, no entanto, o Ministério da Justiça acabou produzindo uma peça extremamente machista, que culpabiliza a mulher vítima de atos praticados sem o seu consenso, desde um estupro à divulgação de vídeos íntimos. Insinua, ainda, que as mulheres que bebem, por exemplo, pedem para ser abusadas e, por isso, não têm direito a nenhum tipo proteção. Depois da desastrosa repercussão da propaganda nas redes, o órgão a retirou de circulação e pediu desculpas em sua página no Facebook.
9 – A sociedade propaga como ideal de felicidade feminina casar com um homem, ter filhos e cuidar da casa
Isso é propagado socialmente, desde os desenhos, como contos de fadas, nos quais as princesas sempre casam com o príncipe e são “felizes para sempre”.
Casar é opção, não obrigação. E está muito mais que claro para todos nós que casamento na é sinônimo de felicidade. Nós temos o direito de escolhermos o que queremos para a nossa vida, cada um tem um ideal de felicidade, e é esse ideal que deve ser perseguido, seja ele passar a vida viajando ou casar.
10 – Queria não precisar do feminismo
Não precisar do feminismo significaria a ausência de uma sociedade machista, significaria que homens e mulheres recebem o mesmo tratamento e respeito. Mas, infelizmente, a realidade na qual vivemos, é outra. Então:
1 – Os salários entre homens e mulheres são desiguais
Por incrível que pareça, ainda existem cargos nos quais homens recebem salários superiores aos das mulheres, mesmo que elas trabalharem sob a mesma carga horária, e com tanta competência quanto.
The big bang theory é um grande exemplo de desigualdade salarial. Jim Parsons, o Sheldon e Kaley Cuoco, a Penny, ocupam papéis de destaque na série, mas o ator recebe cerca de US$ 25,5 milhões por ano, enquanto a atriz recebe US$ 15 milhões por ano. São US$ 10 milhões de diferença.
2 – A cada 11 minutos uma mulher é violentada no país
Uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos, de acordo com a estatística recolhida pela FBSP. Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja ainda maior “de um estupro a cada minuto”, de acordo com Samira. Ao todo, no Brasil, 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014, última estatística divulgada. No Estado do Rio, foram 5,7 mil casos.
3 – Mulheres são violentadas por querer estudar em cerca de 70 países
“Ataques contra meninas que têm acesso à educação persistem e, de forma alarmante, aparentam em alguns países estar ocorrendo com mais regularidade”, destacou um novo relatório de direitos humanos da ONU que analisa essa questão. O documento mostra que em 70 países meninas, pais e professores defensores da igualdade de gênero na educação sofreram algum tipo de agressão entre 2009 e 2014.
A paquistanesa Malala Yousafzai foi baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola, quando tinhas 15 anos. O ataque aconteceu no dia 9 de outubro de 2012.
O crime de Malala foi lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão, país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação feminina.
4 – Quando uma mulher é estuprada a culpa não é do agressor, é da vítima “que estava usando roupas inapropriadas ou não se comportou direito”
São inúmeros os casos nos quais colocam a culpa do estupro na mulher. Em fevereiro, uma juíza espanhola perguntou a uma vítima de estupro “você tentou fechar as pernas?”.
Nas redes sociais, é muito comum ver comentários, tanto de mulheres quanto de homens, que dizem que a vítima “estava pedindo para ser estuprada”.
É tão absurdo que nós, mulheres, não tenhamos liberdade pra ser quem somos, vestir o que vestimos, por medo de sermos violentadas.
5 – O feminismo existe para lutar contra as opressões sofridas por todas as mulheres
Durante todo esse tempo, a mulher tem sofrido opressões, muitos direitos nossos nos foram negados. O feminismo luta pela igualdade e pelo empoderamento de toda e qualquer mulher, inclusive mulheres transexuais, afinal “ninguém nasce mulher: torna-se mulher” (Simone de Beauvoir)
6 – A participação da mulher na política é muito menor do que a dos homens
Apesar de termos conquistado o direito ao voto, ainda ocupamos muito pouco espaço na política.
No Brasil, as mulheres são apenas 9% na Câmara dos Deputados e 12% no Senado Federal, um dos índices mais baixos do mundo.
Se todos “são iguais perante a lei”, como afirma o artigo 5 da constituição brasileira, por que isso não colocado em prática?
7 – Muitas mulheres sofrem violência doméstica e não querem a prisão do agressor
No Brasil, a violência doméstica atinge cerca de 2 milhões de mulheres por ano. E, apenas 63% delas, denunciam as agressões.
Esses casos acontecem porque alguns homens veem a mulher como sua posse e não como sua companheira. É preciso que as mulheres percebam que elas não precisam passar por isso caladas, que nós mulheres, pertencemos a nós mesmas, apenas, e a mais ninguém.
8 – Muitos anúncios publicitários objetificam, atacam a mulher
São muitos os anúncios publicitários que mostram a mulher como um objeto, ou propagam ideais machistas. Um exemplo recente disso é a propaganda do Ministério da Justiça: “bebeu, perdeu”.
A campanha tinha como objetivo combater o consumo de álcool por parte de crianças e adolescentes, no entanto, o Ministério da Justiça acabou produzindo uma peça extremamente machista, que culpabiliza a mulher vítima de atos praticados sem o seu consenso, desde um estupro à divulgação de vídeos íntimos. Insinua, ainda, que as mulheres que bebem, por exemplo, pedem para ser abusadas e, por isso, não têm direito a nenhum tipo proteção. Depois da desastrosa repercussão da propaganda nas redes, o órgão a retirou de circulação e pediu desculpas em sua página no Facebook.
9 – A sociedade propaga como ideal de felicidade feminina casar com um homem, ter filhos e cuidar da casa
Isso é propagado socialmente, desde os desenhos, como contos de fadas, nos quais as princesas sempre casam com o príncipe e são “felizes para sempre”.
Casar é opção, não obrigação. E está muito mais que claro para todos nós que casamento na é sinônimo de felicidade. Nós temos o direito de escolhermos o que queremos para a nossa vida, cada um tem um ideal de felicidade, e é esse ideal que deve ser perseguido, seja ele passar a vida viajando ou casar.
10 – Queria não precisar do feminismo
Não precisar do feminismo significaria a ausência de uma sociedade machista, significaria que homens e mulheres recebem o mesmo tratamento e respeito. Mas, infelizmente, a realidade na qual vivemos, é outra. Então:
sábado, 1 de outubro de 2016
Beautiful Now
Existia uma garota. Ela gostava do tom que o sol possuía quando nascia e morria. Há uma beleza em tudo aquilo que nasce, as pessoas costumam preferir o amanhecer exatamente por isso, mas ela não. Ela gostava do pôr do sol porque ela sempre estava acordada o bastante para o sentir.
Depois de um dia tribulado, cheio de complicação, um pouco de natureza e observação são suficientes para algumas lágrimas de desabafo e alguns minutos de paciência no banco duro do transporte público são bons para um pouco de filosofia de vida.
Ela foi submetida a muita coisa. "Seja boa nisso, seja boa naquilo". "Você precisa passar por isso se quiser ser feliz". "Provas são necessárias para a perfeição". "Seja perfeita". O problema é que as vezes cansa tentar ser perfeita, principalmente quando não se agrada nem a gregos nem troianos.
A garota não gostava da pessoa que era naquele momento. Queria poder realizar seus sonhos e objetivos mais impossíveis, mas temia não ter coragem, determinação e força para seguir em frente. Não era boa para o mundo. Não se enquadrava no molde tamanho 36 de Barbie.
É incrível como somos testados o tempo todo, como precisamos chegar aos nosso extremos para nos encontrar. Estamos sempre mudando, em metamorfose e sofremos para conseguir nos entender. É o que torna o ser humano uma criatura bela. Somos incríveis somente por existirmos. Passamos por uma vida inteira de frustrações, corações partidos, decepções, perdas. broncas, inseguranças e acordamos ainda existindo. Sentindo. Fingindo que está tudo bem e que nada do tipo aconteceu.
Naquele instante a menina percebeu que havia se achado em seu turbilhão, de novo. Pegou sua mochila, deu sinal do ônibus olhando para seu tênis sabendo que estava em equilíbrio e esperando a próxima mudança. A próxima busca.
Às vezes precisamos ser como o sol. Morrer em um dia e renascer em outro. Independente se está chovendo. Independente se metade do mundo está escuro.
Depois de um dia tribulado, cheio de complicação, um pouco de natureza e observação são suficientes para algumas lágrimas de desabafo e alguns minutos de paciência no banco duro do transporte público são bons para um pouco de filosofia de vida.
Ela foi submetida a muita coisa. "Seja boa nisso, seja boa naquilo". "Você precisa passar por isso se quiser ser feliz". "Provas são necessárias para a perfeição". "Seja perfeita". O problema é que as vezes cansa tentar ser perfeita, principalmente quando não se agrada nem a gregos nem troianos.
A garota não gostava da pessoa que era naquele momento. Queria poder realizar seus sonhos e objetivos mais impossíveis, mas temia não ter coragem, determinação e força para seguir em frente. Não era boa para o mundo. Não se enquadrava no molde tamanho 36 de Barbie.
É incrível como somos testados o tempo todo, como precisamos chegar aos nosso extremos para nos encontrar. Estamos sempre mudando, em metamorfose e sofremos para conseguir nos entender. É o que torna o ser humano uma criatura bela. Somos incríveis somente por existirmos. Passamos por uma vida inteira de frustrações, corações partidos, decepções, perdas. broncas, inseguranças e acordamos ainda existindo. Sentindo. Fingindo que está tudo bem e que nada do tipo aconteceu.
Naquele instante a menina percebeu que havia se achado em seu turbilhão, de novo. Pegou sua mochila, deu sinal do ônibus olhando para seu tênis sabendo que estava em equilíbrio e esperando a próxima mudança. A próxima busca.
Às vezes precisamos ser como o sol. Morrer em um dia e renascer em outro. Independente se está chovendo. Independente se metade do mundo está escuro.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Clamor contra a violência
#ElasPorElas
Ô sociedade injusta! Teu palavreado me assusta. A moda que me encanta e espanta... Shorts jeans ousados em ruas corrompidas. Saias longas sussurram um você não vai escapar. Me dispa, barbárie! Só não insista, não vou me calar. Minha voz é rica. Tua malvadeza aflita, em fazer de mim mais uma vítima, não vai funcionar! DESISTA!
O respeito que nos falta é a indignação que nos move. A união faz a força, caro homenzarrão. Com 'h' minúsculo, por favor. Não cause pavor naquela que te deu a luz. Sim, ela carrega uma cruz, não é Jesus. Mas sangra a decepção todos os dias que tu produz.
Ô, mães! Talvez a culpa não sejas suas! É só o fruto de um passado imundo, que não deixa por um segundo e expõe de modo profundo a vergonha que tais não deixam passar. Lave sua alma!
Brasil, terra de 'ninguém' aceita injustiça e mesmo que a justiça não se compadeça, estamos juntas, até que tal cultura apodreça! Torço pela educação, amiga de antemão e dou a vez a moral, meus pais. Machismo não é cabível! E para vocês homens bons, passo a voz: ergam-na! E por seus parceiros a faça crescer.
Medo, um dia há de desaparecer. Enquanto esse dia não chega, não deixe a esperança morrer!
Mexeu com uma, mexeu com todas.
Texto autoral por Dani Santos.
Receita
Um corpo perfeito de verão!
- Ingredientes:
- Um traje de banho (biquíni, maiô ou qualquer vestimenta que você se sinta a vontade);
- Escolha um local (piscina , praia ,cachoeira , rio, etc...);
- Seu próprio corpo;
- Se quiser, adicione pessoas que você gosta da companhia.
- Modo de preparo:
- Escolha qual será o ingrediente dois .
- Adicione o ingrediente (1) no ingrediente (3) .
- Caso deseje o ingrediente opcional quatro, repita o processo (2).
- Divirta-se.
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Por que 'eu vou expor ela!'?
expor (v.t.)
1. Apresentar (-se), pôr (-se) à vista ou em exibição; colocar (-se) em evidência. "e. mercadorias (ao público)".
Este é um dos significados da palavra ‘expor’. Logo, penso que como mulheres, nos expomos todos os dias. Tarefa ousada, cá entre nós. Colocamo-nos à vista de diversas formas. Seja ao estampar uma nova cor nos lábios, usar um salto 15 somente porque deu na telha, abusar do short jeans e das inevitáveis celulites.
Sim, nos expomos.
Ao usar uma camisa larga, bermuda e tênis e ainda assim sermos femininas.
Exponho-me, exponho sim.
Quando opto por não depilar as pernas, axilas ou regiões pubianas. O motivo? Ah, varia de preguiça à vontade própria, sou cheia de mim!
Quero me expor.
Bem como falo o que penso e o que não penso, sem papas na língua. Depois repenso, me refaço, me construo, sou eu mesma. Embaralho-me em perspectivas, sonhos e desejos.
Não deixe que te cales, mulher.
Em meio à ideia ultrapassada de que lugar de mulher é na cozinha. Quando nos ensinam desde pequenas a resguardar nossos corpos dos olhares alheios, afinal, temos que nos dar o respeito.
E porque não respeitar, caro homenzarrão?
Afoga-te no próprio orgulho. Sobressairmos-nos na profissão ser. Eu sei, é difícil ser dona de casa, ser mãe, ser irmã, ser amiga, ser profissional, pensar em estratégias quando algo der errado e ainda assim sair vitoriosa. Podemos ser qualquer coisa. Podemos sim.
Tu não consegues admitir, meu caro.
E ainda ter que lidar com os demônios internos e externos de ser apenas mulher. Há desafio maior que esse?
Pois somos e somos retadas.
Exponham-nos, sociedade misógina e machista! Continue a exaltar o marido que faz a esposa de empregada. Sorria quando ele te faz se sentir culpada. Aplauda aquele que estrupa, pois só então ela vai aprender a ficar em casa. Ensine teus filhos o machismo que te consome. Ensina suas filhas a sentir medo. É mais seguro.
EU VOU EXPOR ELA!
Vamos sim. Expor as Marias que são maltratadas quando o Homem bebe. Expor a Eliza que engravidou após um estrupo. A Regina que não tem coragem de amar Manu. Quero expor a Margarete que pensa que o lugar dela é um só. Vou expor nossos filhos, Brasil. Falar o que não te disseram: o respeito é para todos.
EU VOU EXPOR ELA!
Não como a Kim Kardashian fez com a Taylor. Sem jogadas de marketing, interesses e polêmicas.
EU VOU EXPOR ELA!
Do jeito bem diferente que o Kanye gosta.
EU VOU EXPOR ELA!
Os rótulos que nos são impostos. A cobrança e o peso que é ser mulher. Expor a beleza vista sob diversas lentes, em forma de crítica social. Apenas seja você, Marias de outros nomes. Com ou sem maquiagem, de tênis ou salto alto, pele de bebê ou pintadas por insistentes espinhas. Seja o que for. Gorda, magra, alta, baixa. Seja o que te faz feliz. Por que focar na orientação sexual, quando o único e importante foco é o amor?! O que há de errado em ser A Que Fica Com Mais de Um na Festa?! Seja. Seja a força que nasce com você e que desde os primórdios não nos deixa desistir.
EU VOU EXPOR ELA!
Do primeiro resquício de preconceito, até o último gesto de amor.
Texto autoral por Dani Santos.
TOP 10
FILMES QUE VOCÊ DEVERIA ASSISTIR
1 – Norma Rae
Ano: 1979
Direção: Martin Ritt
Gênero: Comédia Dramática
SINOPSE
No verão de 1978, em Hinleyville, pequena cidade sulista, a maior parte dos operários trabalha em uma indústria têxtil, cujas condições de trabalho são intoleráveis. Entre eles, trabalha Norma Rae (Sally Field), uma mãe solteira que vive com os pais, também operários da fábrica. O filme mostra a vida de uma mulher discriminada pela sociedade por ser mãe solteira, que precisava trabalhar para prover seu sustento e o de seu filho. Uma realidade comum à muitas mulheres da época.
Norma, por muito tempo, se viu sem escolha quanto à realidade cruel em que vivia, mas percebeu que podia lutar pelos seus direitos e não poupou esforços para isso.
2 – Jogos Vorazes
Ano: 2012
Direção: Gary Ross
Gênero: Ação, drama, ficção científica
SINOPSE
Num futuro distante, a maior parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes. Katniss se torna um símbolo de luta e inspira a população a lutar contra o regime manipulador ao qual são submetidos.
3 – Frances
Direção: Graeme Clifford
Gênero: Drama
Ano: 1982
SINOPSE
Seattle, no início dos anos 30, quando a Grande Depressão atingia o país e propiciava o surgimento de correntes políticas com tendência ao comunismo. Uma jovem de 16 anos, Frances Farmer (Jessica Lange), ganhou um concurso literário nacional com o ensaio "Na Década de 30", em que uma promissora atriz é destruída pelo sistema e por sua mãe por ter "negado Deus". Logo os mais conservadores tentaram passar a idéia de que era um texto muito elaborado para uma jovem e que provavelmente teria sido escrito pelos comunistas, mas Frances não dava importância. Com o passar dos anos se tonou uma atriz de teatro, atuando em "Tio Vania". Ela ganha uma viagem até a Rússia, o que a deixa bem entusiasmada, pois na volta passará em Nova York, onde ela pretende conseguir algum papel na indústria cinematográfica. Mas sua mãe, Lillian (Kim Stanley), que está ficando autoritária, diz que ela está sendo usada pelos grupos de esquerda. Frances viaja e, além da fama de atéia, agora também é chamada de comunista. Ao retornar consegue estrelar "Meu Filho é o Meu Rival", mas aos poucos se desentende com os executivos de Hollywood e sua vida se torna um inferno. Mas a principal artífice da sua desgraça é Lillian.
4 – O sorriso de Monalisa
Ano: 2004
Gênero: Comédia dramática, romance
Direção: Mike Newell
SINOPSE
Katharine Watson (Julia Roberts) é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida.
5 – Demônio de neon
Ano: 2016
Direção: Nicolas Winding Refn
SINOPSE
Jesse (Elle Fanning) é uma jovem de 18 anos que acaba de chegar a Los Angeles. Dona de uma beleza natural impressionante, ela tenta a sorte como modelo profissional. Após tirar algumas fotos mórbidas para um jovem fotógrafo, é contratada por uma conceituada agência de modelos. Bastante ingênua, ela passa a lidar com o ego sempre inflado das demais modelos e também com a maquiadora Ruby (Jena Malone), que possui intenções ocultas com a jovem. O filme mostra que a obsessão pela beleza tem um preço.
6 – A beleza americana
Ano: 2000
Gênero: Drama
Direção: Sam Mendes
SINOPSE
Beleza americana trás uma critica às aparências que tentamos manter: uma garota que diz ter uma vida sexual ativa mas na verdade é virgem, o casamento dos pais, o pai do menino, que na verdade é gay. O filme levanta várias discussões interessantes. Além disso, podemos perceber uma metáfora presente no menino que grava com a câmera: é preciso olhar por outros olhos as coisas simples para enxergar a beleza delas.
7 – Super Vênus
Ano: 2013
Direção: Frédéric Doazan
A animação critica a obsessão pela perfeição, é um vídeo curto e bem dramático que vale a pena conferir.
8 – Divergente
Ano: 2014
Direção: Neil Burger
Gênero: Ficção científica, Ação, Romance
SINOPSE
Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade e coragem. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, diferente da família. Ao entrar para a Audácia ela torna-se Tris e entra numa jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso conhece Quatro (Theo James), rapaz experiente que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo. Tris luta contra a sociedade manipuladora em que vive, e está sempre questionando a realidade a sua volta.
9 – Ela é bonita quando está brava
Ano: 2014
Direção: Mary Dore
Gênero: Documentário
SINOPSE
Esse é um documentário recentemente lançado pela Netflix. O filme conta a história dos movimentos das mulheres dos Estados Unidos entre os anos de 1966 e 1971, como isso afeta a atualidade e como aquela situação inadmissível vivida por milhões de mulheres virou um movimento tão grande.
10 – A espiã que sabia de menos
Ano: 2015
Gênero: Comédia, ação
Direção: Paul Feig
SINOPSE
Susan Cooper (Melissa McCarthy) é uma despretensiosa analista de base da CIA, e heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência. Mas quando seu parceiro (Jude Law) sai da jogada, e outro agente (Jason Statham) fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas mortais e evitar um desastre global. O filme é uma espécie de sátira aos filmes de espionagem protagonizados por mulheres. A atriz protagonista quebra os padrões vigentes e seus disfarces jogam com estereótipos da mulher mal amada, se tornam passos no processo da autoafirmação.
E você, já assistiu algum desses filmes?
Qual deles é o seu preferido?
E você, já assistiu algum desses filmes?
Qual deles é o seu preferido?
Para inspirar o seu dia
Poema
O poema a seguir é de Manoel Bandeira, publicado em 1993, no Rio de Janeiro. Nele, o autor se recusa a atribuir valores a beleza e a descreve como "triste", "frágil" e "incerto". Deixo aqui uma reflexão: O que é beleza? É o que a sociedade dita como beleza?
Madrigal Melancólica
"O que eu adoro em ti,
Não é sua beleza
A beleza, é em nós que ela existe
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Mas é o espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência.
Do coração dos homens e das coisas.
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como teu próprio momento.
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto matinal
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
O que adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida"
Bandeira, Manoel, Madrigal Melancólico, in: Poesia Completa e Prosa / O Ritmo Dissoluto, Rio de Janeiro. Editor Nova Aguilar, 195, p.189.
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