quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Fight like a girl

A expressão "você luta como uma garota" é usada, na maioria das vezes, em sentido pejorativo, por remeter à ideia de que o sexo feminino é o sexo frágil. 

A ilustradora Carolina Porfírio criou uma serie de ilustrações totalmente girl power, homenageando mulheres inspiradoras e fortes. E essa força vem da coragem, da personalidade das personagens que não precisam ser salvas por príncipes encantados ou heróis.
Segundo Carolina, nós mulheres somos muito pouco representadas em séries e filmes. Esse projeto, então, mostra personagens mulheres que não são hipersexualizadas e possuem um papel forte na trama.
Projetos como esse fazem toda diferença, pois valorizam a mulher e nos inspiram (e muito!)
Eu separei para vocês as ilustrações das minhas personagens favoritas.










Há muitas outras ilustrações que vocês podem acompanhar pela página oficial da Carolina no facebook.
- Você luta como uma garota!
- Obrigada! 
Lutar como uma garota é um elogio.
Qual a sua personagem favorita?
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Fontes: Garotas geek, geração gamer, Kaol Porfírio

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Dose de literatura do dia: Carlos Drummond de Andrade


A literatura brasileira é repleta de autores maravilhosos que merecem ser lidos e relidos. Um deles é Carlos Drummond de Andrade.
O poema de hoje é "Congresso internacional do medo", um dos meus preferidos, que vai entrar na sua lista de fav`s já (se é que já não está)!

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Top 10: Por que precisamos do feminismo?

10 Motivos pelos quais nós precisamos do feminismo

1 – Os salários entre homens e mulheres são desiguais

Por incrível que pareça, ainda existem cargos nos quais homens recebem salários superiores aos das mulheres, mesmo que elas trabalharem sob a mesma carga horária, e com tanta competência quanto.
The big bang theory é um grande exemplo de desigualdade salarial. Jim Parsons, o Sheldon e Kaley Cuoco, a Penny, ocupam papéis de destaque na série, mas o ator recebe cerca de US$ 25,5 milhões por ano, enquanto a atriz recebe US$ 15 milhões por ano. São US$ 10 milhões de diferença.

2 – A cada 11 minutos uma mulher é violentada no país

Uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos, de acordo com a estatística recolhida pela FBSP. Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja ainda maior “de um estupro a cada minuto”, de acordo com Samira. Ao todo, no Brasil, 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014, última estatística divulgada. No Estado do Rio, foram 5,7 mil casos.

3 – Mulheres são violentadas por querer estudar em cerca de 70 países

“Ataques contra meninas que têm acesso à educação persistem e, de forma alarmante, aparentam em alguns países estar ocorrendo com mais regularidade”, destacou um novo relatório de direitos humanos da ONU que analisa essa questão. O documento mostra que em 70 países meninas, pais e professores defensores da igualdade de gênero na educação sofreram algum tipo de agressão entre 2009 e 2014.
A paquistanesa Malala Yousafzai foi baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola, quando tinhas 15 anos. O ataque aconteceu no dia 9 de outubro de 2012.
O crime de Malala foi lutar pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão, país dominado pelos talibãs, que são contrários à educação feminina.

4 – Quando uma mulher é estuprada a culpa não é do agressor, é da vítima “que estava usando roupas inapropriadas ou não se comportou direito”


São inúmeros os casos nos quais colocam a culpa do estupro na mulher. Em fevereiro, uma juíza espanhola perguntou a uma vítima de estupro “você tentou fechar as pernas?”.
Nas redes sociais, é muito comum ver comentários, tanto de mulheres quanto de homens, que dizem que a vítima “estava pedindo para ser estuprada”.
É tão absurdo que nós, mulheres, não tenhamos liberdade pra ser quem somos, vestir o que vestimos, por medo de sermos violentadas.

5 – O feminismo existe para lutar contra as opressões sofridas por todas as mulheres

Durante todo esse tempo, a mulher tem sofrido opressões, muitos direitos nossos nos foram negados. O feminismo luta pela igualdade e pelo empoderamento de toda e qualquer mulher, inclusive mulheres transexuais, afinal “ninguém nasce mulher: torna-se mulher” (Simone de Beauvoir)

6 –  A participação da mulher na política é muito menor do que a dos homens

Apesar de termos conquistado o direito ao voto, ainda ocupamos muito pouco espaço na política.
No Brasil, as mulheres são apenas 9% na Câmara dos Deputados e 12% no Senado Federal, um dos índices mais baixos do mundo.
Se todos “são iguais perante a lei”, como afirma o artigo 5 da constituição brasileira, por que isso não colocado em prática?

7 – Muitas mulheres sofrem violência doméstica e não querem a prisão do agressor

No Brasil, a violência doméstica atinge cerca de 2 milhões de mulheres por ano. E, apenas 63% delas, denunciam as agressões.
Esses casos acontecem porque alguns homens veem a mulher como sua posse e não como sua companheira. É preciso que as mulheres percebam que elas não precisam passar por isso caladas, que nós mulheres, pertencemos a nós mesmas, apenas, e a mais ninguém.

8 – Muitos anúncios publicitários objetificam, atacam 
a mulher




São muitos os anúncios publicitários que mostram a mulher como um objeto, ou propagam ideais machistas. Um exemplo recente disso é a propaganda do Ministério da Justiça: “bebeu, perdeu”.
A campanha tinha como objetivo combater o consumo de álcool por parte de crianças e adolescentes, no entanto, o Ministério da Justiça acabou produzindo uma peça extremamente machista, que culpabiliza a mulher vítima de atos praticados sem o seu consenso, desde um estupro à divulgação de vídeos íntimos. Insinua, ainda, que as mulheres que bebem, por exemplo, pedem para ser abusadas e, por isso, não têm direito a nenhum tipo proteção. Depois da desastrosa repercussão da propaganda nas redes, o órgão a retirou de circulação e pediu desculpas em sua página no Facebook.

9 – A sociedade propaga como ideal de felicidade feminina casar com um homem, ter filhos e cuidar da casa

Isso é propagado socialmente, desde os desenhos, como contos de fadas, nos quais as princesas sempre casam com o príncipe e são “felizes para sempre”.
Casar é opção, não obrigação. E está muito mais que claro para todos nós que casamento na é sinônimo de felicidade. Nós temos o direito de escolhermos o que queremos para a nossa vida, cada um tem um ideal de felicidade, e é esse ideal que deve ser perseguido, seja ele passar a vida viajando ou casar.

10 – Queria não precisar do feminismo


Não precisar do feminismo significaria a ausência de uma sociedade machista, significaria que homens e mulheres recebem o mesmo tratamento e respeito. Mas, infelizmente, a realidade na qual vivemos, é outra. Então: